A CONSULAI marcou presença na AGROGLOBAL 2025 com a organização de um ciclo de seminários que juntaram especialistas, produtores e decisores num momento de reflexão e partilha. O primeiro seminário, intitulado “Da Terra para o Mundo: Desafios e Oportunidades da Próxima Década“, reuniu uma audiência atenta para discutir o futuro da agricultura portuguesa e os caminhos que o setor agrícola, alimentar e florestal pode — e deve — trilhar.
Organizado pela CONSULAI, com o apoio da AGROGLOBAL, este seminário teve como ponto de partida a apresentação do recente relatório “OECD‑FAO Agricultural Outlook 2025-2034”, um documento de referência que projeta os principais cenários globais para o setor.
A apresentação deste relatório esteve a cargo de David Gouveia, representante da Embaixada de Portugal junto das agências da ONU em Roma, que destacou os seus temas-chave, lançando pistas de reflexão sobre a necessidade de encontrar o equilíbrio entre nutrição, sustentabilidade e resiliência económica. Sublinhou ainda a importância crescente da inovação, da cooperação internacional, da inclusão nas políticas públicas, bem como da organização e comunicação eficaz do setor agrícola.
Na primeira mesa-redonda, “Desafios e Oportunidades para Portugal”, discutiu-se de forma concreta como Portugal pode responder aos principais “drivers” globais identificados no relatório. Foram destacados pilares como a transferência de conhecimento, o papel estratégico do regadio, o investimento tecnológico e a modernização da imagem do setor agrícola. O acesso à água foi especialmente sublinhado como um fator crítico — não apenas para enfrentar as alterações climáticas, mas também para garantir a diversificação e viabilidade das produções nacionais.
A segunda mesa-redonda, “Como Vamos Concretizar? A Visão de Uma Nova Geração”, centrou-se no desafio de atrair jovens agricultores para o setor, na digitalização e automação como alavancas de competitividade e na importância de estabelecer o ponto de equilíbrio ideal entre tecnologia e conhecimento humano, um fator determinante para o futuro. Destacou-se ainda a necessidade de uma maior união entre produtores e da valorização da produção nacional enquanto marca coletiva de qualidade, sustentabilidade e sobretudo identidade.
Assista ao vídeo recap do seminário aqui





